Outubro Rosa – luta contra o câncer de mama

O outubro rosa é um movimento internacional que começou nos Estados Unidos em 1997 com o objetivo de promover a conscientização sobre o câncer de mama. Além de utilizar o laço rosa, que simboliza a luta contra o câncer de mama, muitos edifícios começaram a ser iluminados com a cor rosa. No Brasil o primeiro sinal de adesão ao movimento aconteceu em 2002 com a iluminação do Mausoléu do Soldado Constitucionalista, também chamado de Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. Ainda há um longo caminho para a prevenção do câncer de mama, mas graças a que a luta contra o câncer tem sido vitoriosa, médicos e pacientes hoje em dia além do diagnóstico precoce, já se preocupam com a qualidade de vida após superar a doença.

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Com o diagnóstico precoce do câncer de mama as chances de cura ficam em torno a 80% segundo informação do INCA. Com essa perspectiva, é evidente a importância de conhecer os efeitos colaterais do tratamento e visualizar a vida após a doença. Um dos principais efeitos do tratamento oncológico é a perda da fertilidade, que para ser prevenida requer a preservação de gametas (óvulos ou sêmen) antes de iniciar a exposição aos quimioterápicos ou radioterápicos do tratamento.

Por que o tratamento contra o câncer pode afetar a fertilidade?

Os tratamentos de quimioterapia ou radioterapia afetam a fertilidade porque os agentes utilizados no processo de cura afetam as células germinativas (espermatozoide e óvulo). O nível de comprometimento da fertilidade dependerá da dose recebida e de cada paciente. Ao receber o diagnóstico, os pacientes devem conversar com seus oncologistas sobre o risco de perda da fertilidade e o tempo disponível para fazer o congelamento de óvulos ou sêmen.

Quem tiver interesse, sugiro ver vídeo com a explicação da Dra. Genevieve Coelho, diretora da clínica IVI Salvador, sobre a relação do câncer e a fertilidade e os tipos de câncer cujos tratamentos são mais arriscados para a fertilidade.

O que fazer para impedir que o câncer afete o sonho de ser mãe?

Como dito, o diagnóstico precoce é a melhor arma contra o câncer e será também o melhor recurso para dispor de tempo para o congelamento de óvulos. O procedimento sempre é que o oncologista encaminhe a paciente, pois ele deve dizer quanto tempo o especialista em reprodução humana dispõe para o processo de preservação da fertilidade. O tempo ideal para realizar um ciclo de preservação de fertilidade com o congelamento de óvulos é em torno a 10 dias, no entanto, caso não seja possível, existem outras técnicas que podem ser analisadas para tentar fazer a prevenção em um intervalo menor.

Quem preserva a fertilidade encara o tratamento contra o câncer com mais otimismo

A preservação da fertilidade tem sido observada positivamente com relação ao estado de ânimo da paciente, pois ao guardar seus óvulos para o futuro, a pessoa está fazendo um plano a longo prazo, ou seja, focando seus pensamentos na cura do câncer. Veja um exemplo na história de Maria Paz, que lutou e venceu o câncer de mama realizou o sonho de ser mãe.

Sobre Dra. Silvana Chedid

Dra. Silvana Chedid (CRM 57672) é especialista em Reprodução Humana pelo Center for Reproductive Medicine da Universidade de Bruxelas (Bélgica). Por 15 anos dirigiu o CEPERH (Centro de Endoscopia Pélvica e Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo) e por 10 anos sua clínica própria, que foi incorporada ao grupo espanhol de medicina reprodutiva IVI em 2012. www.ivi.net.br

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