Síndrome MRKH, doença rara que afeta vida sexual e possibilidade de gravidez

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28 de fevereiro, Dia Mundial da Doença Rara

Síndrome MRKH, doença rara que afeta vida sexual e possibilidade de gravidez

  • Caracterizada pela ausência total ou parcial do canal vaginal, anomalias uterinas e tubárias, geralmente só é identificada após puberdade quando a menstruação não chega.

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A síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser (MRKH) é uma doença rara que atinge uma de cada 4.000‐5.000 mulheres. Suas características são ausência total ou parcial da vagina, anomalias uterinas e tubárias. “As portadoras apresentam características normais do sexo feminino, pois os ovários funcionam, porém não há menstruação”, explica Dra. Silvana Chedid, especialista em reprodução humana e diretora do IVI São Paulo e completa: “em virtude da ausência do útero não podem engravidar naturalmente e normalmente precisam passar por uma cirurgia para adaptar a genitália interna e assim poder ter relações sexuais plenas”.

“Para ter filhos biológicos, as portadoras da síndrome precisam contar com uma barriga solidária”, esclarece Dra. Gevenvieve Coelho, especialista em reprodução humana e diretora do IVI Salvador. A técnica também conhecida como gestação de substituição, consiste em contar com uma voluntária que recebe o embrião do casal através de Fertilização in Vitro em seu útero para o desenvolvimento do feto até o nascimento do bebê.

A norma do Conselho Federal de Medicina estabelece que a mulher que se oferece a fazer a gestação de substituição deve pertencer à família de um dos parceiros em parentesco até quarto grau (primeiro grau – mãe; segundo grau – irmã/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima), além de respeitar a idade limite de 50 anos e o caráter não lucrativo deste gesto.

Transplante de útero, uma nova esperança

Em 2014, o caso de sucesso do primeiro bebê nascido após transplante de útero na Suécia deu esperança para o surgimento de mais uma alternativa de gravidez. A mulher que recebeu o transplante de útero e realizou o sonho de gerar um bebê em seu próprio ventre é portadora da Síndrome de Rokitansky.

Conheça os tipos de síndrome MRKH:

Tipo I – A síndrome típica é representada por alterações restritas ao sistema reprodutor.

Tipo II – É uma síndrome atípica, na qual estão presentes assimetria no remanescente uterino e anomalia das tubas uterinas. Essa forma pode estar associada a doença ovariana, alterações renais, ósseas e otológicas congênitas.

Tipo III – Denominado MURCS, envolve hipoplasia (desenvolvimento insuficiente) ou aplasia (ausência total) uterovaginal, malformações renais, ósseas e cardíacas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as doenças raras unidas afetam ao redor de 7%, por isso ao estabelecer o dia 28 de fevereiro como dia mundial da doença rara, o objetivo é sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamentos adequados destas enfermidades.

Em primeira pessoa

Uma importante porta-voz da síndrome MRKH é Márcia Marques, que cansada de preconceitos e com a necessidade de conhecer outras mulheres na mesma situação criou um blog para dar informação e trocar experiências sobre a enfermidade. “O legal de compartilhar nossas forças e fraquezas, dores e alegrias, é que aprendemos com as histórias; crescemos juntas”, cita Márcia em seu blog que mantém ativo com esforço e muito carinho. O endereço do blog é http://sindromederokitansky.blogspot.com.br/

Sobre o IVI

Com sede em Valência, na Espanha, o Instituto iniciou suas atividades em 1990. Possui 27 clínicas, em 7 países e é líder europeu em medicina reprodutiva. O grupo conta com uma Fundação, um programa de Docência e Carreira Universitária.
Acesse: www.ivi-fertilidade.com

Sobre Autor Convidado

Artigo escrito por um autor convidado. Mais informações sobre o autor você encontra no final texto acima.

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