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Mioma: o que é mioma, quando surge e quando podem causar infertilidade

Mioma causa infertilidade?

O Mioma ou fibroma é um tumor benigno que cresce na musculatura do útero, um problema bastante comum nos consultórios de ginecologia. Atinge aproximadamente 50% das mulheres entre 30 e 50 anos de idade. Os principais sintomas deste mal são cólicas menstruais e aumento do sangramento da menstruação. Nem todo mioma causa infertilidade, inclusive a maioria das vezes não será um problema, porém os miomas que crescem dentro da cavidade uterina dificultam a gravidez e podem aumentar o risco de abortamento, pois estão localizados no endométrio e podem chegar a bloquear a entrada nas trompas de falópio ou dificultar a implantação do embrião.

Quando os miomas podem causar infertilidade?

Existem várias explicações sobre quando um mioma uterino pode diminuir a fertilidade:

• Mudanças na posição do colo uterino (a abertura que comunica a vagina com o útero) devido a miomas localizados sobre o mesmo poderem afetar a quantidade de espermatozoides que atravessam o colo do útero.

• Mudanças na forma do útero podem interferir no movimento dos espermatozoides.

• Os miomas podem obstruir as trompas de Falópio.

• Os miomas podem afetar o fluxo do sangue à cavidade uterina onde se implantaria o embrião.

• Os miomas podem provocar alterações no músculo uterino que evitam o movimento dos espermatozoides e embrião.

Como surge um mioma?

Não se conhece exatamente a causa do aparecimento do mioma, porém sabe-se que seu crescimento está relacionado ao hormônio estrogênio, pois ele aparece após a primeira menstruação, pode crescer lentamente durante os anos e tende a regredir ou até desaparecer após a menopausa. Observa-se também que sua incidência é mais alta em mulheres de etnia negra (50 a 80%).

É importante estar em dia com os exames de rotina ginecológica, já que a presença de mioma às vezes é assintomática. Para detectar a existência de um mioma no útero o exame indicado é a ultrassonografia. Em alguns casos, também é indicada a ressonância magnética. Através destes exames é possível identificar de forma precisa a localização e o tamanho dos nódulos que podem ser encontrados na cavidade uterina (submucoso), na parede muscular (intramural), preso ao órgão por um pedículo (pediculado) ou projetado para fora (subseroso).

Quem tem mioma deve realizar exames de controle para observar uma eventual evolução, pois ainda que raramente ocorra, o aumento rápido e mudança de aspecto podem indicar malignização. A retirada cirúrgica é indicada para mulheres que apresentem sintomas ou que tenham sua fertilidade prejudicada, e também quando o mioma é muito volumoso. Em geral o procedimento de retirada pode ser feito por videolaparoscopia ou videohisteroscopia. Ao contrário do que muitos pensam, medicamentos não fazem os nódulos regredir total e permanentemente.

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