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Namorar um Pai Solteiro

Namorar um Pai Solteiro

Eu sou pai solteiro, mas isso não quer dizer que sou sozinho.
Já tive alguns relacionamentos passageiros. Sai com garotas que conheceram meu filho, mas não misturei as coisas. Beijar na boca e “saliências” longe dos olhos dele. O mesmo do outro lado. Saí com garotas mães e evitamos qualquer coisa na frente do(a) filho(a) delas.
Mas… o que é natural, uma hora pode ocorrer… encontrar um relacionamento de verdade.

Eu li uma vez, não lembro onde, sobre um pai solteiro que acha absurdo “usar” a filha (ou um filho) para se aproximar de mulheres. Acho muito relativo isso, pois uma coisa é usar a filha (em questão) como “isca”, mas é muito normal mulheres olharem para uma criança e se “apaixonarem” por ela. Aí… se a mulher olhar para o pai e rolar aquele clima… fazer o que?

Eu acho que pode ser inevitável esse tipo de aproximação e temos que saber é lidar com essas expectativas.

O que esperar de um pai solteiro?

Uma vez eu estava saindo com uma garota. Ela conhecia meu filho, adorava ele e tal. Mas tivemos um problema fatal para a continuação da nossa “relação”.

Em uma conversa sobre a dedicação que eu poderia dar a ela, ou sobre o quanto eu poderia me entregar a ela, (algo assim) fui questionado sobre o tempo que teria disponível para ela.

Eu disse: – todo o possível, exceto o que meu filho viesse a precisar de mim.

Ela fez uma cara de não entender muito bem e eu expliquei:

– Ele precisando de mim, eu estarei lá para ele. Largo qualquer coisa por ele.
– E se estivermos num encontro, numa saída ou algo assim?
– Meu telefone tocando, a mãe dele me dizendo que precisa que eu fique com ele, mesmo que não seja nenhuma emergência… eu vou até ele.

– Então eu vou ter que competir com ele pela sua atenção?

– Não, não há competição. Essa ele já ganhou! Largo o que eu estiver fazendo por ele. Quem estiver comigo, que entenda isso.

Claro que houve um pouco de imaturidade, insegurança e egoísmo da parte dela, o que resultou no fim da relação.
Mas é isso… temos que nos relacionar com quem entenda que nós somos de nossos filhos e quem quiser, que entre nessa roda também.

Um relacionamento com os “exs” também.

Uma mulher, ou um homem no caso de alguns, tem que entender que nós não somos por nós e sim por nossas crias.
Muitas vezes mais do que isso, essa pessoa não vai se relacionar só comigo e com meu filho, mas com a mãe do meu filho também.

Sim… com a mãe dele, com a tia dele, com o avô materno… com todo o universo que envolva ele.
As vezes pode ser uma relação tranquila, mas soube de casos de relações com a outra parte, muito tumultuada…
Tenho o caso de amigo meu, casado com uma mulher separada de uma relação anterior onde teve dois filhos… o pai das crianças não quer que meu amigo fique sozinho com as crianças, nem que seja para ir num parquinho. Criou um inferno na vida desse casal por isso e meu amigo tem que encarar essa. Não tem jeito. Não mandei ele gostar de uma mulher com um ex-marido perturbado… É o peso que ele resolveu pagar pela felicidade deles.

Eu já tive que sentar e “tomar umas” com o ex de uma mulher com quem me relacionei para que ele pudesse entender que eu não iria substituir ele enquanto pai e coisas assim. Ele ficou inseguro (o que eu também ficaria, afinal, com quem nossos filhos tem que lidar depois que nos separamos? Não temos controle sobre isso). Nos entendemos muito bem e ele entendeu que eu seria um padrasto e ponto final.

Com quem devemos nos relacionar então?

É muito complicado tudo isso, por isso, aos pais e mães solteiros e aos possíveis parceiros, meu conselho é simples:
Procure entender o grau de relacionamento que você quer se permitir ter com essa pessoa. Se for só carnal… não misture crianças nessa relação. Se for para ser sério, avalie bem essa pessoa. Não vai querer misturar seu filho com um(a) idiota.
Essa pessoa tem que estar apta a se relacionar com a sua condição de pai/mãe solteiro. Se essa pessoa tentar puxar muito a sardinha para o lado dela e com isso quiser “te tirar” do lado de seu rebento… essa pessoa não é apta a se relacionar com uma pessoa que tenha filhos.
Nossas crianças são o foco mais importante dessa relação. Se não for bom para elas, não é bom para ninguém mais. É o ponto mais importante de tudo isso.

 

Mas apesar de toda a dificuldade que possa aparentar… se você encontrar alguém que ame seu filho, entenda suas necessidades e queira ajudar e arcar com tudo isso… É essa a pessoa que você procura!
Boa sorte!
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