Quando não sabe se é fértil, qual especialista procurar?

Muita gente se pergunta se é fértil sem saber que seu ginecologista tem a resposta. Avaliar a fertilidade de uma mulher com total eficácia ainda é um desafio e depende muito da experiência do ginecologista, mas os recursos existentes oferecem parâmetros suficientes para identificar casos onde é necessário estar alerta e direcionar a paciente a um especialista em reprodução humana.

Ainda não é comum incluir uma avaliação da fertilidade durante as revisões periódicas que realiza a mulher quando consulta seu ginecologista, mas os tempos mudam, também não é comum engravidar aos 20, como na época dos nossos pais. Por isso é importante incorporar esta revisão ao menos para aquelas que têm casos de infertilidade na família, pensam engravidar após os 35 anos ou possuam antecedentes de menopausa precoce (familiares que entraram na menopausa antes dos 45 anos).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 15% da população mundial sofre de infertilidade; aproximadamente 1 de cada 6 casais. Esta porcentagem tende a aumentar em casais onde a mulher tem mais de 35 anos. Também existem outros fatores genéticos ou clamídia (doença sexualmente transmissível), síndrome dos ovários policísticos ou endometriose, que afetam a capacidade da mulher engravidar. (Veja post O que é infertilidade).

teste gravidez - mulher

Existem formas de manter a fertilidade por mais tempo?

Congelar óvulos (criopreservar) é uma alternativa para preservar a fertilidade. Manter um estilo de vida saudável ajuda a não acelerar o envelhecimento da reserva ovariana, mas ainda não existe a tecnologia para deter a queda da qualidade dos óvulos com o passar dos anos.

A decisão de criopreservação dos óvulos deve ser tomada enquanto a mulher ainda é fértil, de preferência não muito após os 30 anos, e se possível inclusive antes. Com frequência a decisão de preservar os óvulos é considerada pela mulher como última opção e inclusive quando já é tarde, mas hoje em dia é preciso ver a preservação dos óvulos como um investimento ou um seguro de vida, você pode não precisar dele, mas se precisar terá uma reserva de óvulos próprios e jovens que terão menor risco de transmissão de doenças genéticas ao futuro bebê e maior possibilidade de gravidez em caso de tratamento de fertilidade.

Quais são os exames que avaliam a fertilidade?

Existem muitos testes para a avaliação do potencial reprodutivo da mulher e normalmente é preciso fazer uma combinação de testes para obter um bom resultado na avaliação. Atualmente o teste mais moderno e que melhor prognostica a infertilidade é o Hormônio Antimülleriano, porém existem outros testes como o FSH e ultrassonografias que são mais baratos, normalmente cobertos pelo plano de saúde e continuam sendo métodos utilizados com frequência.

 

– Dosagens hormonais:

  • – FSH,
  • – LH,
  • – estradiol,
  • – inibina-B
  • – Hormônio Antimülleriano (HAM)

 

– Testes provocativos ou dinâmicos:

  • – Teste de Citrato de clomifeno (TCC)
  • – Teste com agonistas GnRH (TAG)
  • – Teste FSH exógeno (TFE)

 

– Ultrassonografias

  • – Contagem de folículos antrais (CFA)
  • – Medida de volume ovariano

Sobre Dra. Silvana Chedid

Dra. Silvana Chedid (CRM 57672) é especialista em Reprodução Humana pelo Center for Reproductive Medicine da Universidade de Bruxelas (Bélgica). Por 15 anos dirigiu o CEPERH (Centro de Endoscopia Pélvica e Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo) e por 10 anos sua clínica própria, que foi incorporada ao grupo espanhol de medicina reprodutiva IVI em 2012. www.ivi.net.br

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Um comentário

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