Ícone do site Almanaque dos Pais

Uma história triste: a primeira escolinha do meu filho

Antes de entrar nessa escolinha que o Lucas está hoje, ele ficou 1 ano em outra escola que eu nem gosto de lembrar. Ele entrou com 6 meses e ficou por 13 meses naquele lugar. Vou compartilhar esse episódio triste com vocês como um alerta: pesquisem, perguntem e observem sempre!

Durante um bom tempo eu gostava de lá e da chefe das berçaristas, uma mulher responsável e bem exigente com higiene e trato com as crianças. Até então os papais e mamães tinham passe livre para entrar no berçário. A parte boa é que podíamos ver com nossos olhos se tudo estava em ordem no berçário: limpeza, crianças limpas, lactário organizado….

Ele ainda não sabia falar direito, estava com 1 ano e meio quando notei que ele não queria mais ficar na escola, chorava para ficar e ao me ver corria para meus braços desesperadamente. Pensei que poderia ser ciúmes porque a irmãzinha havia nascido há poucas semanas, mas meu sexto sentido não parava de apitar. Fazia cerca de 1 mês que os pais não podiam mais entrar no berçário, a justificativa era que as crianças novas estavam se agitando quando os outros pais chegavam e choravam querendo ir embora também.

Outro acontecimento estranho é que havia algumas semanas que a agenda era preenchida da mesma forma, com os mesmos dados, mesmas quantidades de fraldas trocadas, de cocô e, incrivelmente, meu filho estava comento toda a comidinha todos os dias. Eu conheço meu filho e sei que às vezes ele come metade ou poucas colheradas.

Pedi para conversar com a chefe das berçaristas para tentar descobrir o que estava acontecendo e descobri que a mulher que eu gostava não estava mais lá fazia mais de 1 mês, porém nenhuma mãe foi avisada. Estranha coincidência….

Fiquei desconfiada que mais alguma coisa estivesse acontecendo, conversei com a dona da escola que me garantiu que as coisas mudariam, que eu poderia entrar no berçário quando quisesse e se desculpou por não ter avisado que a responsável pelas crianças havia mudado.

Menos de 1 semana depois notei a porta do berçário aberta quando fui buscar o Lucas e resolvi entrar sem avisar. Para minha total tristeza (mas agradeço muito por isso ter acontecido), flagrei meu pequeno chorando sozinho na sala dos berços, todo molhado de xixi (inclusive colchão, travesseiro, roupa…) e com muito frio, afinal era mês de agosto. Pela quantidade de lágrimas escorridas pela bochechinha ele estava chorando havia um bom tempo, e nem vou chegar aos méritos do perigo dele pular do berço e se machucar.

Peguei meu pequeno no colo, pedi para a primeira berçarista que vi a bolsa dele e o trouxe correndo para casa. Chegando em casa mais uma surpresa, percebi que ele estava com a mesma fralda que eu havia colocado quando eu o deixei na escola (a marca da fralda da escola era diferente da marca que ele usava em casa – recomendo essa técnica para todas as mamães). Abri a agendinha e lá estava anotado que tinham trocado a fralda dele 2 vezes, além das outras informações repetidas de várias semanas.

Minha revolta foi tão grande que na hora liguei para a escola e, por sorte, ninguém atendeu nas duas tentativas, pois provavelmente eu falaria mais do que eu deveria e poderia até perder a minha razão.

No dia seguinte liguei pela manhã e pedi para deixarem todas as coisas do Lucas separadas para eu buscar, juntamente com o papel de cancelamento da matrícula pronto para eu assinar. E foi o que aconteceu, peguei as coisas do meu pequeno, assinei a saída dele, pedi o comprovante de tudo que eu havia pagado naquele ano e fui embora para nunca mais voltar.

Se me pedem referência daquela escola eu sou sincera e falo para passarem longe, não desejo para nenhuma mãe passar pelo o que eu passei e faço o possível e o impossível para que nenhuma criança passe pelo o que meu filho passou.

Monica Romeiro é mãe do Lucas e da Larissa e administradora do Almanaque dos Pais

Sair da versão mobile