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Perda precoce dos dentes de leite

Foto: Reprodução wikimedia.org
Foto: Reprodução wikimedia.org

Primeiro, vamos entender o que ocorre durante o “nascimento” de um dente de leite?

No inicio do desenvolvimento da dentição decídua, a criança encontra-se na fase de amadurecimento do seu organismo e por isso, esta menos resistente às agressões internas e externas, pois os anticorpos maternos desaparecem do sangue da criança nos primeiros seis meses de vida, coincidindo com o inicio da fase de erupção dentária. Por esta razão a criança fica um pouco manhosa. Existe uma relação entre erupção dentária e distúrbios orgânicos, como por exemplo: aumento da salivação, febre, distúrbios gastrointestinais (dor de barriga, diarreia), irritabilidade, perda do apetite.

Alguns pesquisadores também concluíram que vários dentes nascendo ao mesmo tempo pode causar stress, o que diminui a resistência do corpo a infecções, aumentando a probabilidade de ter estes sintomas.

O momento em que um dente irrompe (nasce) ou esfolia (cai), pode sofrer aceleração ou atraso devido a distúrbios orgânicos ou fatores pessoais e/ou ambientais.

Agora você deve estar se perguntando, o que são esses fatores? Como identificar?

Distúrbios orgânicos = o aumento dos hormônios tireoidianos, pituitário e sexuais podem aumentar o metabolismo do organismo, estimulando a erupção precoce dos dentes.

Fatores locais = o hábito de “chupar” o dedo/chupeta “aumenta a atividade funcional” dos dentes anteriores, podendo levar à perda precoce dos dentes de leite.

Fatores pessoais = raça e sexo afetam a cronologia de erupção dos dentes, como por exemplo: negros apresentam erupção dentária antecipada, e mulheres tendem a ter a erupção dos permanentes antecipada quando comparadas aos homens da mesma idade.

Fatores ambientais = crianças residentes em zonas urbanas tendem a ter a erupção dentária antecipada quando comparadas às crianças residentes em zonas rurais. Essa mesma diferença também é observada com relação à temperatura, pois quanto mais baixa a temperatura de um país, observa-se um discreto atraso na erupção dos dentes das crianças quando comparado às crianças que vivem em países de clima mais quente.

Na minha opinião, existe uma média para tudo nesta vida, inclusive para o nascimento e a perda dos dentes decíduos, mas todos nós somos pessoas únicas e por isso seguimos o nosso tempo, o nosso processo fisiológico, o que explica o seu filho ser mais alto que o dele, ou até mesmo o dente do seu filho cair antes do filho dele.

O que podemos fazer é observar nossas crianças e comparar com a média. Se surgir alguma dúvida, basta procurar um profissional especializado, ele esta apto a avaliar cada situação e se for o caso, indicar o melhor tratamento para seu filho.

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