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Incompatibilidade sanguínea – Fator RH

O que é Fator RH

RH é a abreviação de Rhesus, um macaco de laboratório no qual os cientistas identificaram pela primeira vez a presença de um antígeno em 1940.

O fator RH identifica a presença de um antígeno no sangue, no qual o sinal positivo(+) significa que a pessoa carrega o antígeno, enquanto o sinal negativo (-) significa que a pessoa não carrega o antígeno.

A maioria da população mundial é de pessoas RH+, calcula-se que no Brasil chegue a 95%.

Grupo de risco

A mulher com RH negativo (sangue A-, B-, AB- ou O-) que está grávida e que o pai tenha o sangue com RH positivo (A+, B+, AB+ ou O+), tem a possibilidade de gerar um filho com RH positivo.

Complicações na gestação:

Em contato com o sangue do feto, a mãe começa a produzir um anticorpo para combater esse antígeno, conhecido como anti-RH.

O contato do sangue do feto com o da gestante pode ocorrer em diversos momentos: Gravidez ectópica ou tubária, sangramento vaginal ou aborto após 12 semanas de gestação e durante o parto, especialmente se for cesáreo ou com remoção manual da placenta. Em alguns casos até mesmo impactos na barriga podem causar esse contato.

Como na primeira gravidez a mãe ainda não possui anti-RH, o risco de problemas é menor, mas existente, porém na segunda e gestações posteriores em que o bebê também é RH+, e que o corpo da mãe já possui o anti-RH, esses anticorpos atravessam a placenta e as hemácias do feto são destruídas.

Consequências para o bebê:

A eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém nascido, é quando as hemácias do feto são afetadas.

As consequências podem ser diversas e em diferentes graus, de leve até grave.

São elas:

  • anemia;
  • icterícia;
  • paralisia cerebral;
  • deficiência mental;
  • problemas hepáticos como fígado aumentado;
  • surdez;
  • insuficiência cardíaca.

Pode inclusive ocorrer a morte do bebê durante a gestação ou após o parto.

Cuidados pré-natais:

O ideal é que a mulher saiba o seu RH e a do seu parceiro antes de engravidar.

De qualquer forma na primeira consulta pré-natal a gestante realizará exame de sangue para identificar ou confirmar qual seu tipo sanguíneo e RH e, caso seja negativo o parceiro também realizará o exame.

Identificando a possibilidade da mãe com RH negativo gerar um bebê com RH positivo, será realizado um novo exame, conhecido como Coombs indireto para identificar a presença de anti-RH no sangue da gestante. De qualquer forma a gestação será sempre monitorada, inclusive para identificar se o bebê apresenta anemia.

A gestante receberá uma dose da vacina de gamaglobulina injetável (anti-D) para evitar que ela produza o anti-RH, pois uma vez em sua corrente sanguínea não há como destruí-los.

Na 28ª semana um novo exame será necessário para analisar a presença do anti-RH no sangue da mamãe.

Se já existe a presença do anticorpo a vacina não será reaplicada, pois ela não tem a capacidade de eliminar os existentes, somente inibir o início da produção. Neste caso o feto será monitorado com maior frequência.

Cuidados pós-parto com a gestante:

No caso de gestação em que a mãe RH- dá a luz a um bebê RH+, em até 72 horas ela deverá a vacina de gamaglobulina injetável (anti-D) que destruirá o anti-RH, impedindo que ele prejudique uma futura gestação. Em alguns casos mais de 1 dose da vacina será necessária.

Cuidados pós-parto com o bebê:

Se o bebê nascer com alguma doença hemolítica por conta da incompatibilidade de RH com a mãe, a primeira ação é realizar transfusão de sangue com doador de RH negativo se anti-RH.

As hemácias vivem cerca de 3 meses e estão prejudicadas com o anti-RH da mãe, estas serão substituídas, por conta da transfusão, por hemácias saudáveis para, com o tempo, serem substituídas sucessivamente pelas hemácias do bebê com RH positivo.

Dicas de leitura

Atualizado em 28/07/2017 com links para dicas de leitura

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