Alguma coisa me diz que a dona cegonha está coletando os nomes para a próxima leva de bebês, nessas últimas semanas muitas amigas, colegas e leitoras estão me perguntando qual a melhor hora para ter o segundo filho, se vale a pena, se cansa, se espera mais, se isso ou se aquilo. Não é segredo para ninguém que minha vida é minha inspiração para o blog ou mesmo na hora de planejar os próximos temas de artigos para o Almanaque dos pais, ou seja, bora escrever mais um post do blog!
A diferença de idade dos meus filhos é bem pequena: 18 meses e 2 dias – só não ganhei da minha mãe, a diferença entre meus irmãos é de 11 meses e 15 dias, dá para acreditar? – o que me torna consultora das amigas que estão com filho pequeno e estão se perguntando se esperam mais para ter outro filho ou não.
Minha dica? Não espere! Tudo bem que a gravidez da Larissa foi um semi-susto, apesar do segundo filho ser um consenso e nunca termos evitado a segunda gravidez, achávamos que demoraria um pouco mais, afinal engravidar teoricamente não é tão fácil assim. Assim que descobri que estava grávida pela segunda vez comecei a entrevistar as mamães com mais de um filho e alguns pontos me pegaram de jeito e fizeram acreditar que emendar as gestações era um grande benefício nossa família.
Vou citar, considerando somente a minha experiência, os pontos positivos e nem tão positivos assim, que me tornaram a defensora dos irmãos com idade próxima:
– Trabalho intenso nos 3 primeiros anos do mais novo
Criança pequena precisa de ajuda e atenção constantes, seja na hora de brincar, andar pela casa, fazer xixi ou passear em qualquer lugar. Quando se tem dois filhos pequenos e que já sabem andar esse trabalho é quase que duplicado, especialmente para sair de casa, afinal você não conseguirá correr para dois lados diferentes em um parque ou shopping.
– O trabalho intenso dura “somente” 3 anos
Quando o seu filho caçula estiver com 3 anos, esse trabalho de cuidar de perto e vigiar cada passo fica mais tranquilo, já é possível estar perto sem estar colado na criança, ou seja, é possível se sentar na mesa para almoçar com amigos e familiares enquanto seu filho brinca por perto. Já, se optar por ter um segundo filho após alguns anos, você terá que ficar com a criança enquanto o pai almoça e depois trocar as posições.
– A rotina já está montada
Quando se tem filho pequeno é preciso seguir uma rotina de horários mais rígida, além das famosas acordadas durante a madrugada. Quando se tem irmãos com pouca diferença de idade os pais já estão habituados a essa rotina, mas se esperar um pouco mais para ter outro filho terá que resgatá-la novamente.
– Tudo fresco na cabeça
Para mim foi muito tranquila a segunda gestação e após o nascimento da Larissa. Eu me lembrava exatamente como era o banho do recém-nascido, como arruma a pega no peito para amamentar, como estimular para sentar, andar, brincar e até a vocalizar.
– Artigos de irmão para irmão
Nem preciso explicar muito esse assunto mais que maravilhoso para o bolso, não é mesmo? A Larissa aproveitou (e aproveita) muitas roupas do irmão mais velho, os brinquedos, mamadeiras, carrinho, bebê conforto, moisés… enfim, enxoval quase todo reaproveitado, só tive que renovar o guarda-roupa, afinal a Larissa merece seus vestidos, saias e roupinhas de menininha.
– O mesmo entretenimento para as duas crianças
Quando se trata de filmes, parques, passeios, brincadeiras, jogos e até programas de TV, é muito mais fácil encontrar uma opção que agrade aos dois quando se tem uma diferença de idade curta.
– Juntos para a escolinha
O Lucas está na escolinha há mais tempo, mas desde que a Lari também começou a frequentar os dois vão juntos no mesmo horário. Nesta semana um fato me emocionou: Ligaram da escolinha avisando que o Lucas estava passando mal e vomitando e fui buscá-lo. Colocamos meu pequeno no carro e, quando o carro começou a andar ele perguntou: – “Cadê a Laíssa” (é como ele fala o nome da irmã), e respondi que ela ainda estava na escolinha, que voltaria mais tarde para casa. Ele então emendou: – “Mas eu quero muito a Laíssa.”. Imaginem se eu não me derreti toda…
– Menor a diferença de idade, maior o número de brigas
É, este ponto é bem chato de lidar, mas não tem como negar que a maior parte dos irmãos briga e por motivos tão bobos que nos deixam frustradas. E quando a diferença de idade é pequena as brigas acabam sendo mais constantes, pois há maior necessidade de mostrar quem sabe mais, quem pode mais, quem consegue mais… enfim, parte chata.
– Menos ciúmes
Claro que ciúmes entre irmãos existe e sempre vai existir. Raras as famílias em que os pais não precisam lidar com essa situação. Porém quando a diferença de idade é pequena o irmão mais velho não terá muita lembrança do que é ser filho único e ter tudo e todos para ele, o que facilita muito e diminui o ciúmes do irmão caçula.
– Irmãos que brincam juntos
Tudo bem que quando os irmãos são ainda pequenos, brincarem juntos se torna quase um desafio. Enquanto o mais velho quer empilhar os blocos o menor quer destruí-los, o mais velho quer pular do sofá e o pequeno, tentando imitar, se estabaca no chão. Mas a medida que os meses vão passando as brincadeiras ficam mais parecidas e um começa a convidar o outro para entrar em sua brincadeira. Este é o momento que eu vivo hoje e fico toda emocionada ao observar meus filhotes brincando e rindo juntos.