Você já deve ter ouvido falar do Outubro Rosa, que é o mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do câncer de mama. Esta campanha, junto com diversas outras ações de conscientização sobre o câncer de mama têm ajudado muitas pessoas a superar esta doença, que quando detectada de forma precoce têm 80% de chances de cura.
Receber o diagnóstico de câncer, mesmo em estágio precoce é um choque grande, razão pela qual poucas vezes os pacientes pensam nos efeitos colaterais do tratamento, como é por exemplo a perda da fertilidade. No entanto, com as chances de cura e o desenvolvimento de técnicas de preservação da fertilidade, a oncofertilidade passou a ser um assunto cada vez mais considerado pelos oncologistas e pacientes.
Mulheres e homens que ainda não tiveram filhos ou que ainda têm o desejo de engravidar no futuro, devem conversar com seus oncologistas para um encaminhamento a uma clínica de reprodução humana para o congelamento de óvulos ou sêmen. Com esta medida, os pacientes estão prevenindo que os efeitos tóxicos da quimioterapia ou radioterapia comprometam de forma definitiva sua fertilidade.
Como funciona o congelamento de óvulos antes do tratamento contra o câncer?
O congelamento de óvulos a partir da técnica mais avançada, conhecida como “vitrificação”, é realizada a partir da captação dos óvulos após uma estimulação controlada dos ovários. O procedimento de estimulação é realizado a base de hormônios e está clinicamente validado como seguro para as pacientes com câncer.
Os óvulos captados são tratados com substâncias criopotetoras e imersos em nitrogênio líquido a uma temperatura de 196 °C abaixo de zero, podendo ser conservados por tempo indeterminado.
Quando o câncer de mama é hereditário, você pode evitar que seus filhos herdem a mutação genética relacionada à doença
A segunda coisa importante sobre o câncer de mama, é que quando ele está presente na família, é importante saber se sua origem é uma mutação genética hereditária. Mulheres com casos de câncer de mama na família são indicadas a realizar o painel genético que identifica as mutações relacionadas à doença, pois ao identificar a presença de certas mutações, o oncologista pode implantar um protocolo personalizado de prevenção.
Identificar as mutações associadas ao câncer hereditário também permite que através do diagnóstico genético pré-implantacional (PGD), os futuros descendentes da família nasçam livres da mutação que aumenta o risco de manifestar o câncer. Ao eliminar a mutação da seguinte geração, todas as gerações que venham a posteriori estarão também livres do risco do câncer hereditário.
Você também vai gostar de ler:
Congelamento de embriões para adiar a gravidez
Congelamento de embriões não influencia no peso e prematuridade do recém-nascido
Guia para congelamento de óvulos
Engravidar de gêmeos: Quais as chances de gravidez gemelar?