Problemas de imunidade podem afetar a fertilidade?

O sistema imunológico ou imunitário é fundamental para manter nosso corpo saudável. Através dele combatemos e controlamos ameaças desconhecidas com uma rede de defesa complexa pronta para neutralizar invasores. Porém, quando o sistema imunológico não funciona adequadamente ele pode chegar a afetar a fertilidade, dificultando ou impedindo o casal de engravidar.

Na avaliação da fertilidade eventuais problemas de imunidade devem ser parte do estudo com o devido acompanhamento de um imunologista, pois as condições para que seja possível a gravidez vão além do aparelho reprodutor feminino e masculino.

A fertilidade é composta por um conjunto de variáveis, onde o especialista em reprodução humana, junto com uma equipe multidisciplinar, estuda de forma individualizada como ajudar a engravidar um casal que não obteve a gravidez após um ano de relações frequentes sem uso de métodos anticonceptivos.

Quais são as principais doenças autoimunes que afetam a fertilidade?

• Patologias autoimunes:
  • Lúpus Eritematosos Sistêmico
  • Síndrome Antifosfolipídico
  • Diabetes LADA
  • Tireoidite autoimune
  • Enfermidade Celíaca

• Autoimunidade Inespecífica(Positivo de diferentes auto anticorpos sem critérios de doença autoimune clara).
• Alterações imunológicascomo, por exemplo, imunodeficiências, alterações no sistema do complemento ou citosinas pro-inflamatórias, entre outras.
• Alterações metabólicase de coagulação associadas a desequilíbrios imunológicos
  • Disfunções na absorção de vitaminas
  • Tireoide
  • Disfunção tissular a insulina
  • Trombofilias

 

Se confirmada a existência de uma relação entre a imunidade e a fertilidade após a realização de exames específicos, o imunologista desenvolve um protocolo personalizado que é iniciado antes da concepção e mantido rigorosamente durante todo o tratamento de infertilidade e gestação, sendo concluído com o nascimento do bebê.

Cada tratamento de infertilidade é único

Para que a gravidez seja possível, existem vários profissionais envolvidos com o especialista em reprodução humana, que coordena o tratamento de infertilidade. Eles juntos conseguem individualizar e alcançar um conhecimento amplo de todos os aspectos que podem influenciar na fertilidade do casal.

Ginecologistas especializados em reprodução humana, urologistas e embriologistas são a base. No entanto, imunologistas, endocrinologistas, geneticistas e cirurgiões especializados na endometriose, por exemplo, são frequentemente incorporados à equipe que é enriquecida com a multidisciplinariedade.

Atualmente cerca de 20% das causas de infertilidade são de razões não aparentes, o que significa que são desconhecidas, mas estão impedindo  o casal de conseguir a gravidez. Portanto, a medicina reprodutiva precisa continuar evoluindo e contar com especialistas de várias áreas para entender a totalidade do milagre da vida para ajudar a todos os que sonham com ter filhos.