Os atuais padrões de beleza da nossa sociedade acabam influenciando nas perguntas aos pediatras durante as consultas dos filhos, e uma das mais comuns é sobre a altura que o filho ou filho terão na vida adulta. Apesar de não ser uma regra, existem alguns métodos que podem ajudar a estimar a altura dos filhos com base na altura dos pais, afinal a hereditariedade é a principal influência para determinar a altura das crianças.
Método Tanner para estimar a altura dos filhos
Nos anos 60 um pediatra britânico inventou a “Fórmula Tanner” que seria capaz de estimar a altura dos filhos baseando-se na altura dos pais, afinal a hereditariedade é o principal influenciador na altura dos filhos.
Pela Fórmula Tanner, soma-se a altura do pai e da mãe e divide-se por 2.
Quando o descendente é do sexo masculino, soma-se 6,5cm.
Quando o descendente é do sexo feminino, subtrai-se 6,5cm.
Outra variação da Fórmula Tanner, porém com o mesmo resultado, é somar a altura dos pais e somar 13cm quando o filho é homem, ou diminuir 13cm quando é menina. Por fim divide-se o resultado por 2.
Veja o exemplo de cálculo das alturas abaixo:
Altura Pai |
Altura Mãe |
Pai + Mãe *dividir por 2 |
Altura FILHO (+6,5cm) |
Altura FILHA (-6,5cm) |
---|---|---|---|---|
175cm | 165cm | 340cm / 2 = 170cm | 176,5cm | 163,5cm |
Como a fórmula é passível de erros, afinal influências externas e até mesmo a hereditariedade não se resume somente aos pais, considera-se uma variação de 5cm para mais ou para menos nos resultados.
De qualquer forma, procure sempre orientação médica para avaliar corretamente a curva de crescimento e maturidade dos ossos de seus filhos caso tenha alguma dúvida.
É importante lembrar que uma dieta saudável, qualidade do sono, atividade física e postura também podem influenciar na altura.
Dieta saudável
A dieta saudável auxiliará para que o corpo encontre todos os nutrientes necessários para crescer e se desenvolver. Uma dieta que supra as necessidades proteicas é o segundo fator que mais influencia na estatura dos filhos.
Porém a obesidade desfavorece o crescimento. Crianças obesas crescem antes, porém também param de crescer antes. Por fim, ficam mais baixos.
Qualidade do sono
A qualidade do sono é essencial, pois o hormônio do crescimento (GH) é liberado somente quando anoitece e durante o sono profundo (REM). Crianças com até 6 anos de idade (não estamos falando de bebês, somente crianças que já dormem a noite toda e, em alguns casos, precisam de um cochilinho a tarde) precisam de 10 a 12 horas de sono noturno. Com o tempo as crianças vão perdendo a necessidade de dormirem por 11 horas e começam a diminuir o tempo até chegarem a 8 horas por noite.
Atividade física
A atividade física aumenta a capacidade respiratória e fornecimento adequado de oxigênio pelo corpo. Apesar da crença de que alguns esportes e alongamentos ajudam a crescer alguns centímetros, não existem provas que essas atividades ou alongamentos realmente ajudam a aumentar a estatura. Mas vale lembrar que praticar atividade física auxilia no controle do peso da criança ou adolescente, e a obesidade sim pode prejudicar o crescimento.
Esportes como a musculação ou exercícios com carga vertical (mesmo com pouco peso) não são indicados durante a puberdade porque podem influenciar negativamente no desenvolvimento corporal.
Postura
A postura inadequada influencia diretamente na altura da criança e adulto que chega a “perder” de 2 a 4cm. Alongamentos e exercícios, sempre com a orientação de um profissional, podem ajudar a recuperar, ou menos evitar a perda desses centímetros.
O que posso fazer para meu filho ou filha ficarem maiores?
Primeiramente é importante analisar junto a um especialista se é realmente necessário aumentar a estatura da criança, tanto por fatores psicológicos (pode ser somente uma vontade dos pais, e não uma necessidade da criança tem potencial para atingir uma estatura mediana).
Se o aumento da estatura for a melhor opção, a criança poderá receber injeções de hormônio do crescimento, porém somente quando é diagnosticada inibição anormal no crescimento do adolescente. Esse método exige acompanhamento médico durante todo o tratamento.
Ou poderá se submeter a uma cirurgia que só é realizada em casos extremos, pois é muito dolorosa, de longa duração (a criança fica cerca de 6 meses com aros e um suporte nos ossos que são quebrados e distanciados diariamente) e deixa cicatrizes visíveis.
Quando eu era criança um médico previu que eu teria entre 1,78 e 1,81, mesmo sendo uma menina. O que seria impossível, ainda mais sendo mulher, pois meu pai tem 1,75 e minha mãe 1,66. Mas realmente acabei crescendo mais que a média da família e das mulheres em geral, pois tenho 1,74 e sou a mulher mais alta da família inteira, que não é nada pequena, tanto de parte de pai como de mãe.