A pílula anticoncepcional é um método para evitar a gravidez bastante utilizado que existe desde os anos 50. Muitas mulheres tomam anticoncepcionais por mais de 10 ou 15 anos e quando decidem que estão prontas para ter filhos percebem que a gravidez não chega no mês seguinte e nem vários meses depois. A primeira coisa que pensam é que tomar anticoncepcional muito tempo afeta a fertilidade. No entanto, este é um mito; não existe evidência científica que prove que esta relação realmente existe, tão somente, em alguns casos, após parar de tomar as pílulas algumas mulheres levam poucos meses para voltar ao ciclo normal. Então qual é o problema?
O anticoncepcional simula os ciclos menstruais normais, portanto enquanto a mulher toma a pílula, tem a sensação que seu organismo está funcionando bem, quando na verdade é possível que ao longo dos anos por fatores alheios ao uso do anticoncepcional, a fertilidade da mulher esteja sendo afetada. Neste caso, podemos dizer que o anticoncepcional mascara possíveis problemas existentes que serão identificados apenas quando as tentativas de gravidez não chegarem após um ano de relações sexuais frequentes sem métodos anticonceptivos.
Uma causa comum da diminuição da fertilidade identificada após abandonar a pílula é a infertilidade relacionada à idade avançada. Entendendo que para o aparelho reprodutor feminino a idade avançada começa a partir dos 35 anos, com pequenas variações, independente do estilo de vida da mulher ser saudável ou parecer jovem.
Por que os óvulos perdem qualidade?
Quando as meninas ainda estão em formação dentro do útero materno já começam a formar seus primeiros óvulos. Estas células terão que acompanha-la ao longo de toda sua vida reprodutiva, diferente dos espermatozoides que são produzidos durante toda a vida do homem. Ao nascer a mulher possui uma reserva de óvulos de aproximadamente um ou dois milhões; dependendo da genética familiar. Esta reserva ovariana vai diminuindo até chegar ao fim. A cada ciclo menstrual o corpo prepara entre 10 e 15 óvulos, mas apenas um deles amadurecerá e terá a possibilidade de ser fecundado ao chegar à trompa de Falópio.
– Menopausa precoce:
De 1 a 3% das mulheres são atingidas pela menopausa precoce, que normalmente é influenciada por um fator genético. Portanto, quem tem casos de menopausa precoce dentro da família deve estar alerta para não deixar a gravidez para muito tarde, pois seus óvulos podem estar perdendo qualidade antes da média geral. A menopausa precoce também pode ser provocada por tratamentos de quimioterapia e radioterapia, por isso antes de fazer esses tipos de tratamento, recomenda-se preservar a fertilidade.
– Idade Avançada:
Um dos principais fatores da queda da reserva ovariana é a idade, já que existe uma relação inversamente proporcional entre a idade da mulher e o número e qualidade dos seus óvulos. Apesar de não poder impedir o natural envelhecimento e perda de óvulos, a mulher pode evitar a aceleração desta perda mantendo hábitos saudáveis e/ou optar por congelar seus óvulos (vitrificação), para conservar a qualidade de seus gametas, incluído risco reduzido de alterações genéticas e cromossômicas da idade, por tempo indeterminado.
– Disfunções hormonais:
Mesmo quem menstrua regularmente pode ter problemas de ovulação. O problema pode ter origem no sistema endócrino.