Semana passada minha filha ficou doente, precisou ser levada ao hospital para alguns exames, no dia seguinte ao pediatra e, enfim, teve que passar a semana sem ir à escola. Mesmo com esses imprevistos a minha agenda de compromissos profissionais se manteve, meus prazos continuaram os mesmo, mas como trabalhar com filho doente?

Trabalhar em casa é bem complicado, exige muita disciplina e jogo de cintura para lidar com as distrações (telefonemas, e-mails pessoais, Facebook….). Agora fazer tudo isso com uma menininha chorando por conta de uma estomatite que a deixou cheia de aftas, dor e febre é impossível! Ainda mais quando se coloca no pacote 2 noites sem dormir bem.
Minha pequena precisava de mim, do meu colo para acalentar nos momentos em que já havia acabado o efeito do remédio e ela não conseguia comer nem um pedacinho de fruta ou suco. Quando estava sem dor ela queria atenção e companhia para brincar, mostrar o castelo que tinha feito com blocos de empilhar, ajuda para encontrar aquela boneca perdida…
E assim começa o dilema: dar atenção e carinho para minha pequena ou cumprir com meus compromissos profissionais?
Optei por não escolher, simplesmente vivi o que precisava ser vivido. Dei atenção sempre que ela solicitava por mim e quando ela estava calma brincando ou assistindo TV eu corria para o computador tentar resolver o máximo que pudesse (na maioria das vezes sem sucesso, o tempo “livre” estava bem curto).
Os dias foram passando, ela melhorando e o trabalho voltou a ficar em ordem. Claro que meus compromissos profissionais foram os que mais “sofreram”, mas, mesmo com certa dificuldade, foram todos cumpridos. Estou feliz com meu desempenho, sei que dei o melhor de mim em todos os lados em que atuo.
Amo ser mãe, mas também amo meu trabalho. Optei por trabalhar em casa para poder estar perto dos meus filhos e parar de trabalhar nunca me passou pela cabeça. Fico imaginando o coração das mães que trabalham fora, que se deparam com os filhos doentes e não podem contar com a ajuda de parentes ou amigos para ficarem com seus pequenos e conseguirem cumprir seus compromissos profissionais.
Deixar um filho doente na escola, ou ter que arcar com as consequências por faltar ao trabalho para cuidar das crianças (existem chefes e chefes, certo?) são escolhas que nenhuma mãe deveria ter que fazer.
Mamães que trabalham fora, vocês têm toda a minha admiração!