As dificuldades na alimentação infantil são bastante comuns hoje em dia. Então, aí vão algumas dicas para que você estimule seu filho a comer melhor:
– em primeiro lugar: não se desespere! Tudo tem jeito nessa vida, só precisamos encontrar o ritmo certo…
– controle de guloseimas: não tenha balas, bolachas, chocolate, salgadinhos, refrigerantes e outras coisas do gênero em casa. Guarde esses quitutes para os fins de semana… E preste atenção: será que os adultos da casa também se deliciam com as guloseimas?
– organização dos horários das refeições: são 3 grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 3 pequenos lanches (manhã, tarde e noite). Evite beliscar entre essas refeições; mesmo 1 banana logo antes do almoço irá prejudicar a aceitação da comida.
– questões de comportamento: faça as refeições à mesa, com a televisão desligada, compartilhando o aspecto social da alimentação, momento de troca, de conversas, de proximidade.
– explore a variedade de alimentos: não precisa ficar discutindo se a criança não quer comer cenoura, há outros legumes e verduras para se conhecer. Nunca desista de estimular a variedade e nunca desista de também experimentar as coisas que você oferece para a criança…
– deixe a criança fazer parte do processo alimentar, leve-a ao supermercado, mostre os alimentos, deixe-a ajudar no preparo. Em geral, as crianças gostam de participar.
– não transforme as refeições em momentos de estresse, não discuta e não brigue com a criança à mesa. Se ela não comer nada, termine a refeição e lembre da dica de organização dos horários, ou seja, sem beliscar até a próxima refeição. Brigar, discutir, implorar resolveu alguma coisa até agora? Se não, tente ter uma atitude mais relaxada…
É importante trabalhar esses aspectos comportamentais da alimentação desde a introdução da alimentação complementar, por volta dos seis meses de idade.
Observe seu filho na hora das refeições, não apenas se ele raspou o prato ou não; observe as expressões dele frente à comida, a forma como ele segura os talheres, como ele interage com as outras pessoas. Lembre-se que alimentar-se deve ser um ato de prazer e não um ato de guerra. Busque o equilíbrio entre estimular a alimentação saudável e respeitar as preferências da criança.
Bem, se fosse fácil… Mas eu não disse que seria fácil; na verdade, é bem trabalhoso… Na minha casa, conseguimos seguir algumas dessas dicas: não há guloseimas (nem para os adultos!), respeitamos os horários das refeições, comemos à mesa e com a televisão desligada. Mas é claro que há dias em que meu filho Lucas de 2 anos só quer comer arroz… Eu insisto, mas não o forço a comer o brócolis. Também há dias em que ele come o arroz, depois o feijão, depois a carne e, quando já estou desistindo e encerrando a refeição, acaba também com as beterrabas, sem precisar de nenhum tipo de incentivo… E há também os dias de pizza e macarrão, mas esses são a exceção e não a regra!
Uma última dica: ao deixar a criança fazer parte do processo alimentar e levá-la ao supermercado, cuidado! Da última vez que fiz isso, o Lucas enfiou o dedinho nas melancias e espremeu os kiwis…