A gravidez múltipla e o parto de gêmeos
Mesmo planejando a gestação, muitas mulheres costumam se assustar quando o resultado dá positivo. Imagina quando descobrem então que estão esperando dois ou mais bebês?
Foto: Nora-Pacher
A gravidez múltipla costuma gerar muitas dúvidas por parte dos pais, principalmente sobre a hora do nascimento. É sabido que este tipo de gestação requer cuidados especiais, mas, assim como em qualquer gravidez, se estiver correndo tudo bem com a mãe e os fetos, o parto normal é recomendável.
Em condições ideais, sem uma patologia prévia, o mais interessante é que o nascimento dos bebês ocorra por via vaginal, mesmo porque os benefícios de um parto normal são vários: é mais seguro para a mamãe e os bebês, há um menor risco de hemorragia, a recuperação da mulher é mais rápida e o contato entre a mãe e os bebês é imediato.
A indicação de cesárea só deve acontecer se a gestante apresentou hipertensão arterial durante a gestação; suspeita de descolamento de placenta; se o primeiro bebê estiver numa posição transversa ou pélvica; se o peso dos nenês estiver abaixo do esperado; ou em casos mais graves como a transfusão feto-fetal, condição em que um bebê pode levar o óbito do outro.
Tempo de gestação
Na gravidez gemelar é até considerado normal um trabalho de parto prematuro, antes das 37 semanas. Um dos fatores que leva a essa precocidade é a hiperdistensão do útero, ou seja, o órgão é esticado de modo precoce tendo dois nenês do que somente um. A hiperdistensão, junto com a pressão que estes bebês fazem no colo do útero, pode levar a uma ruptura de membranas.
Estudos internacionais apontam muitos critérios no que diz respeito à gestação gemelar superar as 38 semanas. Os médicos defendem que, ao deixar passar este prazo e esperar a gestante entrar em trabalho de parto, é necessário que a mãe não tenha tido nenhuma complicação durante a gestação e que a vitalidade fetal esteja preservada.
A probabilidade de gêmeos nascerem prematuros é grande, por isso, a gestante deve receber uma boa assistência durante seu pré-natal. A equipe médica precisa realizar um monitoramento constante da mãe e dos bebês para que tenha o mínimo de intercorrência durante a gravidez e no momento do nascimento.
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