A menstruação atrasou, você realizou o teste de farmácia ou o beta-HCG e descobriu que está gerando uma vida aí mesmo, dentro de você. Um misto de emoções como felicidade, medo, insegurança e euforia tomam conta da futura mamãe e uma das primeiras providências é agendar sua primeira consulta pré-natal com um ginecologista obstetra que além de uma série de perguntas, também solicitará uma série de exames para saber como anda a sua saúde e a do bebê. É nesta hora que você se depara com uma série de pedidos, incluindo uma extensa lista para exame de sangue. Mas afinal, quais são os exames de sangue do pré-natal e para que servem?
Acompanhe abaixo quais são os exames de sangue do pré-natal, quando deverá realizar cada um deles e para que serve cada pedido.
Quando é realizado o exame de sangue do pré-natal?
Este exame é solicitado na primeira consulta pré-natal e geralmente é repetido no segundo e terceiro trimestre ou de acordo com a conduta do obstetra
O que é avaliado?
– Tipagem sanguínea:
Para saber o tipo de sangue (A, B, AB ou O) e se a gestante possui RH positivo ou negativo. Saiba mais.
Este exame é solicitado na primeira consulta e não precisa ser repetido.
– Hemograma completo:
Verificar níveis de hemoglobina para saber se a grávida está com anemia (falta de ferro) e identificar como está o sistema imunológico e infecções. Apresentando cansaço ou outros sintomas de anemia o obstetra pode solicitar novos exames durante a gestação para avaliar se será necessário prescrever suplementos ou aumentar o consumo de carne vermelha e verduras com folhas verdes e escuras).
A gestante precisa de jejum de 3 horas.
O exame é solicitado na primeira consulta pré-natal e é repetido em outros estágios da gestação.
– Hepatite B e C
Tanto a Hepatite B quanto a C podem ser transmitidas para o bebê que se torna portador da doença que afetar gravemente seu pequeno fígado. Existe a possibilidade da gestante ser portadora do vírus da hepatite sem saber, por isso a importância do exame.
Se o exame for positivo, o bebê poderá receber anticorpos ao nascer e, assim, evitar danos.
– Glicemia:
O exame para glicemia verifica os níveis de glicose presentes no sangue para avaliar os riscos de diabetes gestacional. As chances de desenvolver o diabetes gestacional aumentam quando há histórico na família ou se a grávida estiver acima do peso. Saiba mais sobre diabetes gestacional e riscos para gestante e bebê.
Existem dois tipos de exame para glicemia: o de glicemia em jejum, em que a gestante não poderá ingerir nenhum alimento por pelo menos 8 horas antes do exame; o exame da curva glicêmica, em que a gestante precisará ingerir açúcar duas horas antes de realizar o exame.
O exame é solicitado na primeira consulta pré-natal e repetido na 16ª semana de gestação.
– Sorologia para HIV
Este exame é realizado para descobrir se a mãe é soropositiva para HIV, ou seja, se tem chances de desenvolver a AIDS. Se o resultado for positivo a gestante deverá ser tratada para evitar que o vírus passe para o bebê prejudicando o seu sistema imunológico. Outra ação a ser tomada é sobre o parto, pois o bebê não poderá entrar em contato com o sangue da mãe.
Para a realização do exame, que é solicitado na primeira consulta pré-natal, o laboratório solicitará que a gestante assine um termo autorizando sua realização.
-Sorologia para VDRL (Sífilis)
Este exame é realizado para descobrir se a mãe está contaminada com a bactéria da sífilis que é uma doença adquirida por vias sexuais e que pode prejudicar diversos órgão do bebê inclusive seu coração, além de afetar o sistema nervoso, provocar malformações, aborto e parto prematuro.
Se a mãe tem lúpus, existe a chance do resultado dar um falso positivo, por esta razão exames complementares são solicitados caso o resultado seja positivo.
O exame é solicitado na primeira consulta pré-natal.
– Toxoplasmose
O exame é para descobrir, através de anticorpos presentes em seu corpo (IgG e IgM), se a futura mamãe teve algum contato com o protozoário Toxoplasma gondii. Com essa análise é possível identificar se o contato com a doença foi há muito tempo ou recente. A toxoplasmose, que é transmitida por alimentos e fezes de gato pode causar malformações no bebê porque ataca e destrói seus tecidos.
Para a realização deste exame é necessário jejum de 8 horas.
Este exame é solicitado na primeira consulta pré-natal e repetida no terceiro trimestre.
– Rubéola
Assim como a toxoplasmose, o exame é realizado para descobrir se a futura mamãe teve algum contato com essa doença através de anticorpos presentes em seu corpo (IgG e IgM). Com essa análise é possível identificar se o contato com a doença foi há muito tempo ou recente. A rubéola pode causar complicações neurológicas, perda da audição e cegueira no bebê.
Em decorrência das campanhas de vacinação, ou mesmo por já terem pego rubéola quando criança, a grande parte das mulheres já são imunes à esta doença, ou seja, não há risco de novo contágio ou consequências para o bebê.
Para realizar este exame é necessário jejum de 3 horas.
Este exame é solicitado na primeira consulta pré-natal e repetido no terceiro trimestre.
– Citomegalovírus (CMV)
De acordo com o resultado e histórico do paciente poderá ser necessário repetir o exame em outros estágios da gestação, pois o citomegalovírus, um vírus da família do herpes, não tem cura mas pode se encontrar em estágio latente, onde a chance de contágio do bebê é de cerca de 40%, ou adormecido. Quando se encontra no estágio adormecido ele poderá ficar ativo quando o sistema imunológico da mãe fica debilitado provocando a chamada infecção decorrente, neste estágio a chance de contaminar o bebê é de 1%. O citomegalovírus pode causar malformações no bebê, retardo mental e surdez.
Como esta infecção geralmente não provoca nenhum sintoma da mulher, a única forma de descobrir o contágio é através do exame de sangue.
Este exame é solicitado na primeira consulta pré-natal e poderá ser repetido em outro momento de acordo com o resultado do exame ou critério do médico.
Exames não obrigatórios, porém podem ser solicitados de acordo com o critério do médico:
Herpes
Dosagem de hormônios da tireoide
Pesquisa de trombofilias congênitas
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adorei as dicas……..