Tudo sobre a placenta: o que é, tamanho e complicações

A placenta é um órgão criado a partir do óvulo fecundado. O processo de gerar o bebê inclui também o desenvolvimento da placenta, que irá proteger e nutrir o feto até o momento do nascimento.

A conexão entre a mãe e o bebê é realizada através da placenta, que começa seu desenvolvimento a partir da implantação do embrião no útero materno. Sua principal função, além de proteger o bebê, é realizar o intercâmbio de partículas entre a gestante e o bebê.

Para que serve a placenta:

  • Função respiratória: Garante a oxigenação do sangue do feto. Através dela o futuro bebê recebe oxigênio do sangue da gestante e elimina dióxido de carbono, que é transportado de volta para a gestante.
  • Função nutricional: Será por meio da placenta que chegarão todos os nutrientes que o feto precisa para se desenvolver saudável. Além disso, enquanto o fígado não estiver desenvolvido, a placenta é responsável por regular a glicemia.
  • Função hormonal: Durante a gestação os níveis hormonais da mulher chegam a aumentar até 30 vezes, o que é fundamental para a evolução da gestação. A placenta ajuda nesta regulação junto com as glândulas femininas gerando hormônios como os estrogênios e a progesterona.
  • Função excretora: Envia os resíduos da corrente sanguínea do feto para serem eliminados através dos rins maternos.
  • Função imunitária: Através da placenta o bebê recebe os anticorpos da mãe para gerar sua imunidade.

Tamanho da placenta

Nas últimas semanas de gestação a placenta chega a medir entre 15 e 20 centímetros de diâmetro, com uma grossura que varia entre 1,5 e 3 centímetros e peso entre 450 e 550 gramas. Antes desta fase, ela acompanha o desenvolvimento do feto principalmente até o quarto mês, após esse período o tamanho da placenta varia pouco.

Complicações da placenta

  • Placenta prévia: Afeta 1 de cada 200 gestações e pode colocar em risco a saída do bebê pelo canal do parto. É detectada através de ultrassonografia a partir da vigésima semana de gravidez.

Existem vários tipos de placenta prévia (oclusiva, parcial ou marginal), dependendo de suas características é possível ter a opção de cesárea ou parto vaginal.

O risco de placenta prévia é maior em mulheres que possuem anomalias uterinas, em idade materna avançada (após os 38 anos), que passaram por gestações anteriores ou em gestação de mais de um bebê.

Tratamento da placenta prévia: O tratamento deve ser definido individualmente. Em casos menos complicados é recomendado o repouso e suspender relações sexuais e atividades que exijam esforço. Se há sangramento, pode ser necessária a hospitalização.

  • Placenta envelhecida: São alterações do fluxo sanguíneo da placenta que ocorrem quando este órgão deixa de funcionar corretamente afetando a chegada dos nutrientes e oxigênio ao bebê, o que ocasionalmente pode provocar problemas no seu crescimento normal. Costuma ser detectada por meio de ultrassonografia doppler.

Tratamento: O repouso é o tratamento recomendado para aumentar a quantidade de sangue que chega ao útero enquanto a evolução dos resultados é acompanhada por ultrassom.

  • Acretismo placentário: Esta disfunção onde a placenta penetra no músculo uterino é rara e não produz sintomas. Muitas vezes é detectada somente no momento do parto.

Tratamento: Normalmente é um problema relacionado com partos de cesáreas realizados em gestações anteriores ou placenta prévia. Para evitar os riscos do acretismo placentário o parto é programado com antecedência para prevenir hemorragias.

  • Deslocamento da placenta: As possíveis causas do desprendimento da placenta são eventuais lesões, hipertensão, idade materna avançada, ou ainda pode ser provocado por bebidas alcoólicas. Provoca sintomas mais como dores abdominais intensas e sangramentos.

Tratamento: Geralmente é necessária a internação para realização do parto através de cesárea.

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Sobre Dra. Genevieve Coelho

Dra. Genevieve Coelho é ginecologista especialista em reprodução humana pelo Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI), na Espanha, e especialista em vídeo cirurgia pelo Instituto São Rafael em Milão, Itália. Dirige o IVI Salvador desde sua fundação em 2009. www.ivi.net.br (71) 3014 9999

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