O importante é vir com saúde, não há dúvidas e ninguém discute, mas muitos casais perguntam se é possível, além disso, escolher o sexo do bebê.
Ainda que tecnicamente pode ser feito, a única situação onde é permitido realizar esta escolha é quando existe um risco de doença associada ao sexo do bebê. A norma CFM 2013/2013 do Conselho Federal de Medicina (CFM) é clara nesta situação:
“As técnicas de RA (Reprodução Assistida Humana) não podem ser aplicadas com a intenção de selecionar o sexo (presença ou ausência de cromossomo Y) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças ligadas ao sexo do filho que venha a nascer.”
Parágrafo extraído da Resolução CFM 2013/2013
Como sei que meus descendentes correm risco de nascer com uma doença ligada ao sexo?
Muitos conhecem o risco de doenças genéticas ligadas ao sexo porque possuem casos dentro da família. No entanto, se o casal tem dúvidas deve procurar a orientação de um geneticista. Atualmente o exame TCG 549 permite ao casal detectar o risco de mais de 600 doenças genéticas antes mesmo de engravidar. O aconselhamento genético é o meio para que todas as dúvidas ligadas a doenças hereditárias sejam esclarecidas. As doenças mais comuns associadas ao sexo feminino são: Hemofilia A e B, distrofia muscular, síndrome do X frágil e fibrose cística.
Como evito o risco de doenças genéticas para meu bebê?
Quando sabemos que existe um risco de doença genética grave e queremos impedir os descendentes de nascerem com a enfermidade, é realizado um Diagnóstico Genético Pré-implantacional para selecionar o embrião saudável e transferir ao útero materno, desta forma não apenas o bebê nascerá sem enfermidade, mas também a cadeia de hereditariedade da doença genética é quebrada.
O diagnóstico genético pré-implantacional consiste em analisar umas células do próprio embrião para identificar se ele possui mutações genéticas e exige um tratamento de Fertilização in Vitro para sua realização. Este exame também é a forma utilizada para identificar o sexo do bebê, mas a escolha do mesmo, como já dito, será realizada apenas se existe o risco de doença genética ligada ao sexo.