Manter uma dieta equilibrada e atividades físicas para controlar o peso facilita a gravidez. Dentro do peso ideal é mais fácil engravidar, além de reduzir o risco de complicações durante a gravidez e o desenvolvimento de doenças crônicas no futuro bebê.
Segundo um estudo publicado na revista científica Fertility and Sterility, as mulheres que vão realizar tratamentos de reprodução humana, especialmente aquelas com IMC (índice de massa corporal) a partir de 35, precisam ser orientadas a fazer uma dieta antes de começar o tratamento de fertilidade para terem mais chances de sucesso no tratamento e atingir o objetivo de ser mãe com uma gravidez mais segura.
Estando dentro do IMC normal, as pacientes de tratamentos de reprodução humana precisam tomar menos medicação hormonal injetável, necessária para estimular os ovários a produzir mais óvulos. Inclusive, em alguns casos a dificuldade de engravidar pode estar sendo provocada unicamente pelo excesso de peso. Algumas pacientes ao controlar o peso podem conseguir restabelecer a fertilidade natural, recuperando o equilíbrio hormonal após a dieta.
A obesidade masculina também pode provocar problemas de fertilidade
A fertilidade masculina também reduz com a obesidade. No grupo IVI fizemos estudos em nossas clínicas com participação de 1.931 casais onde foi comprovado que os homens obesos ejaculavam uma média de 8 milhões de espermatozoides a menos. Em um tratamento de Reprodução humana, isso pode ser menos relevante porque fazemos uma seleção dos melhores espermatozoides para fecundar o óvulo no laboratório, mas na gravidez espontânea, as chances de engravidar podem ser afetadas.
Risco 3 vezes maior de complicações obstétricas entre obesas
As gestantes obesas têm um risco aumentado de complicações durante a gravidez. Aborto espontâneo, parto prematuro, hipertensão e diabetes gestacional são alguns riscos que devem ser controlados com mais cuidado. Isso ocorre, de acordo com o estudo publicado na revista científica Journal Gynecological Endocrinology, devido a um fator chamado “programação fetal”, que relaciona a influência do ambiente uterino com o desenvolvimento fetal.
Portanto, sob influência da programação fetal, se durante a gravidez a gestante estiver muito acima do peso atingindo o nível de obesidade, existe um risco maior do descendente desenvolver doenças crônicas, cardíacas, síndromes metabólicas ou diabetes tipo II na adolescência e na idade adulta.
Durante a gravidez é preciso alimentar-se de forma equilibrada e se possível, manter atividades físicas levas. Em caso de excesso de peso ou obesidade, a dieta deve ser acompanhada por um nutricionista, pois é preciso manter a ingestão dos nutrientes importantes para o bebê e para a saúde da gestante.
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