Nesse fim de semana comemorei o aniversário do meu filho.
Ele fez 4 aninhos, e já está se tornando um hominho.
Fiz uma festa no sábado, mas o aniversário dele foi no domingo.
A festa foi aqui em casa: montei a piscina e a enchi toda; fiz gelatina em copinho de café, cachorro-quente e bolo (que ficou horroroso na decoração, mas uma delícia no gosto. É o que importa, não é?); muito guaraná e suco de maracujá geladinho; comprei guardanapo colorido (que por sinal, sujava tudo. Todo mundo saiu com as mãos do Hulk de tão verde), pratinhos e balões azuis, aluguei cadeiras e mesas para o quintal; muitos amiguinhos, muitos presentes e o essencial… meu filho adorou!
Cantamos o parabéns com as crianças de sunga e biquíni molhados ainda, com o Guimba (meu cachorro) do lado do Thomaz, queimei o dedo para acender a porcaria daquelas estrelinhas, fotografaram tudo, as crianças assopraram a vela junto com o meu filho… foi tudo muito legal!
Depois de que todos foram embora, ele apagou, desligou o sistema.
Deitou na cama, ainda cheia de presentes, e com o uniforme que ganhou do Homem-Aranha, dormiu dizendo que me amava.
Eu dei o beijo de boa noite dele e fui arrumar a bagunça.
Peguei um saco de lixo e fui jogando tudo dentro.
Aí… só então aí… depois de ter um pouco de paz na casa, com o silêncio imperando, eu fui sentar para descansar um pouco.
Não, não tive nenhuma visão grandiosa não. Ao contrário, tive uma visão pequena, mas acalentadora.
Eu estou sendo privilegiado!
Quantos pais, homens, não podem fazer o mesmo para seus filhos?
Quantos pais, homens, podem se dedicar aos seus filhos?
Tenho visto uma visão muito triste da paternidade nos últimos tempos. Pais que não tem acesso a seus filhos, pais que não procuram seus filhos ou que seus filhos não os procuram, pais matando filhos e filhos matando pais… Muito triste tudo isso.
Não sei o que o futuro reserva para minha relação com meu filho, se sempre seremos próximos ou não, mas sei o que tenho agora.
Eu consegui, lutei, para ter meu filho perto de mim e mais ainda, perto de quem eu sou.
Meu filho tem algum medo de mim, claro… deve ter medo que eu coloque ele de castigo, que eu dê um grito de espanto quando ele faz uma “arte indevida”, que eu não lhe dê sobremesa por não querer comer tudo… medos normais, mas meu filho sente quem eu sou.
Quando eu digo “sente”, é porque imagino que ele não consiga processar na cabeçinha dele que tipo de humano eu sou, do que sou capaz para bem ou mal, mas… ele sabe de coisas fundamentais…
Eu o amo e por ele eu me esforço todo dia mais; por ele eu jogo bola mesmo quando não quero; brinco com ele de jogar ele na cama; de jogar “basquetinho” com a cesta e a bola pequena que ele ganhou… ele se joga nos meus braços com um pulo, sabendo que eu vou pegá-lo no alto com um abraço; ele tem medo do mar, mas adora entrar na água pendurado no meu colo pois confia em mim; ele fica irado quando eu brinco com ele e não deixo ele me dar um beijo, até ele me agarrar pelas orelhas para me dar um beijo grande e dar um sorriso de sucesso…
Eu o amo e ele me ama!
Espero que todos os pais e mães possam ter essa sorte que estou tendo. Que lutei para conquistar, que luto para manter.
Façam tudo por eles, mas tudo mesmo.
Castiguem quando preciso, claro, mas ame mesmo quando não o pedem, quando não esperam. Com um gesto, com uma surpresa, com uma atitude, com dedicação e com o coração.
Feliz aniversário para meu filho!
Te amo Thomaz, mais do que tudo nessa vida!
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