Vamos falar um pouco sobre as características emocionais dos superdotados?
Yolanda Benita (2007) elenca algumas características emocionais dos comportamentos dos superdotados e a Webb (1993) traz alguns atributos que são comuns entre eles, sugerindo que estes indivíduos experienciam mais frequentemente problemas de ordem social e emocional (atenção, não confundir problemas de ordem social e emocional com DIFICULDADES de ordem social e emocional que já podem representar algum tipo de transtorno do tipo TDAH, TODO ou Asperger).
Segundo ele Webb (1993), a combinação de algumas das características a seguir é que podem resultar num padrão problemático de comportamento:
– Dificuldades na escolha dos pares sociais;
– Hipersensibilidade;
– Dificuldade de se adaptar à forma de pensar dos demais;
– Arguidor (discutidor);
– Pouco cooperativo (não gosta de delegar, nem de ser delegado);
– Resistente à autoridade (lembrando que todo padrão problemático de comportamento deve ser trabalhado em terapia e o terapeuta deverá saber diferenciar o que representa um padrão problemático de comportamento de dificuldades reais de comportamento que podem representar algum tipo de transtorno do comportamento ou desenvolvimento).
A ideia de perfeição absoluta, de sucesso incondicional dos superdotados, reforça os modelos de Einsteins e Newtons. Porém, em relação à escolha profissional existe uma pressão, para que sigam determinadas carreiras mais valorizadas socialmente. Segundo Colangelo (1991), estas pressões podem dificultar a este aluno a “seguir o seu coração” na escolha profissional, podendo surgir oposição da própria família, que não deseja ver o filho desperdiçar o talento em áreas tidas como de menor prestígio.
Ourofino (2005) faz referências a esta questão ao observar que características – como alto nível de energia, menor necessidade de sono, devaneio criativo e elevada excitabilidade – são equivocadamente avaliadas como sendo déficit de atenção e hiperatividade, obscurecendo características positivas relacionadas a superdotação.
Nem todos os indivíduos superdotados apresentam as mesmas características de desenvolvimento e comportamento, mas, embora apresentem um perfil heterogêneo, algumas características são evidenciadas.
Winner (1998) destaca algumas delas: preferência por novos arranjos visuais; desenvolvimento físico precoce (sentar, engatinhar e caminhar); maior tempo de atenção e vigilância, reconhecendo desde cedo seus cuidadores; precocidade na aquisição da linguagem e conhecimento verbal; curiosidade intelectual, com elaboração de perguntas em nível mais avançado e persistência para alcançar a informação desejada; aprendizagem rápida com instrução mínima ; Super-reatividade e sensibilidade; alto nível de energia que pode ser confundido com hipercinesia ou hiperatividade.
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